A ideia de aproveitar o movimento do corpo humano para produzir
energia é boa e antiga; os relógios cinéticos são o melhor exemplo
disso. A pequena quantidade de energia gerada pelo gestos do pulso é
suficiente para fazer mover os ponteiros e torna dispensável a corda ou
uma pilha ainda que diminuta. No entanto, para alimentar um dispositivo
de maior consumo é necessário um gerador mais possante do que o pulso. O
Biomechanical Energy Harvester aplica-se numa perna e assegura o funcionamento de um iPod, um telefone celular, etc. Apenas precisa que andemos a pé.
O princípio é simples: ao andar a pé alternamos os
movimentos de contracção e distensão das pernas em torno dos joelhos.
Uma grande quantidade de energia é então produzida de forma sistemática
pelos músculos mais possantes do corpo. Graças a um engenhoso
dispositivo à base de braços articulados ajustável ao joelho, esta
energia é aproveitada e transformada em corrente eléctrica. É, na
verdade, o equivalente ao dínamo que alimenta as luzes das bicicletas.
O Biomechanical Energy Harvester pesa apenas 1,6 kg. Algumas
experiências feitas com voluntários demonstraram que a habituação é
rápida e que o seu uso não é incomodativo nem cansativo. Por outro lado,
registou-se a produção de uma corrente eléctrica de5 watts, suficiente
para alimentar 10 telemóveis!
Este tipo de dispositivos têm uma aplicação imediata em indivíduos
que dependam da autonomia energética: alguns tipos de doentes, algumas
profissões, exploradores e aventureiros, etc. Com o aperfeiçoamento,
miniaturização e generalização dos geradores portáteis e ergonómicos
veremos chegada ao fim a era das pilhas? Provavelmente para lá
caminhamos... Fonte
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